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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Os Traços Urbanos de Mococa.

É árdua a tarefa de investigar e colocar como pauta de discussão a urbanização de uma cidade, estando propenso a ser alvo de criticas, porém mesmo assim esboço abaixo algumas interpretações que nada mais são que fruto de uma árdua pesquisa documental e bibliográfica.

O principio da urbanização portuguesa no Brasil colonial é desleixada, sem ordem, rigor e ou método. Conforme descreve Paulo F. Santos na Obra “Formação de cidades no Brasil Colonial”.

A urbanização até pouco mais de três séculos após a descoberta ainda era realizada de forma desordenada devido a irregularidade dos territórios, na esmagadora maioria das cidades que passaram a possuir ruas estreitas. Pois até então o meio de transporte era o lombo e muares e cavalos, ou a pé. Vale ainda ressaltar a insalubridade destas, que são em formatos de becos e conhecidas como vielas, de positivo estas sórdidas ruas funcionavam como trincheiras na defesa das cidades.

Historicamente em todos os continentes habitados, sempre se fez presente uma imensurável importância em planejar os espaços urbanos. Desde o surgimento das primeiras cidades. Pois se faz necessário disciplinar, ordenar e porque não modelar a vida dos citadinos que na urbe habitar.

Não foram encontrados documentos que comprove como foi dada a fundação da cidade. Os primeiros memorialistas não descreveram nada a respeito de cruzes e muito menos missa. Isso é fruto da idéia romantizada católica de outro memorialista contemporâneo. Até porque era escolhido o local da vila e fincadas as estacas para o “cordeamento” de praça e a partir dela posteriormente a localização da câmara e cadeia.

Mococa foi projetada para ser uma cidade nobre e poderosa. Conforme os traços urbanos: contendo as tradicionais ruas direitas largas, assim como as praças também largas o que proporciona um ar de grandeza e ao mesmo tempo democrático.

Outro fator um tanto quanto típico é a tendência “italianizante” das construções. Pois por aqui habitaram no final do século XIX e primeiras décadas do século XX, alguns arquitetos Italianos.

Diferentemente de algumas cidades que não se cogitava serem fundadas, pois estas simplesmente nasciam sem qualquer planejamento. Mococa possui uma organicidade em seus traços, o que lhe dá um sabor de modernidade.tanto a seus citadinos assim como aos turistas nos dias atuais. O que a torna até certo ponto “superior” urbanisticamente em comparação as demais cidades convencionais da região. Pois os seus traços são os mesmos desde a sua fundação. Graças ao empenho de um de seus fundadores, Venerando Ribeiro.



Fonte: Google Earth

O ribeirão do meio serpenteando por dentro da povoação, a cidade foi projetada com traçados em linhas retas, obedecendo a carta régia e seguindo o padrão romano em xadrez retangular. Os desdobramentos urbanísticos proporcionaram a cidade ser linear e se desenvolver ao longo do córrego e suas ruas correndo no mesmo sentido, aproximadamente normais.

O que torna a cidade de um típico padrão urbanístico colonial das conhecidas “cidades do café” do século XIX. Pela forma de suas edificações, caminhos carroçáveis, rua do comércio, santa casa. Praças. Igrejas e prédios públicos. O que proporciona um característico charme interiorano, fruto da “belle epóque caipira”.

Bibliografia:

SANTOS, Paulo ferreira.Formação de cidades no Brasil colonial.1904-1988.Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2001.

QUEIRÓZ, Humberto de. A Mococa, de sua fundação até 1900. São Paulo: Tyo. Diário oficial, 1913.

FREITAS, Edgar. Mococa 100 de História, 1847-1947.Mococa,Gráfica Costal,1947.

Gustavo de Souza Pinto

(Bacharel, licenciado e Pós-graduado em História. UNESP-Franca)

http://lattes.cnpq.br/6467391538040938

Contato: clioprojetosculturais@gmail.com

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