Um dia para não se passar em branco
No dia 13 de maio de
A escravidão é um pratica existente desde a antiguidade e muito comum na sociedade grega assim como na romana. Do mesmo modo também existiu no continente africano, em seu mosaico de etnias negras. Formado por Impérios que a exercia sobre as tribos dominadas e existia inclusive comércio de escravos no próprio continente africano.
E afinal porque os negros africanos foram trazidos para o então “Novo Mundo”?
Dois fatores foram fundamentais, primeiro que os índios tupiniquins se evadiam para as matas e em um processo de interiorização dificilmente eram capturados para serem escravizados. E segundo que estes não estavam habituados ao trabalho escravo. Portanto os negros foram mão-de-obra qualificada ao trabalho agrícola, pecuária, artesanato,mineração e transporte.
E qual seria a origens destes escravos Africanos?
Sudaneses- Oriundos de onde hoje conhecemos como Nigéria. Bantos- Oriundos de Angola e Moçambique. Malês- Sudaneses Islamizados.
As rotas do tráfico negreiro partiam principalmente de Guiné, Congo e Moçambique. E aportava em Salvador, Recife e Rio de Janeiro. E desta forma o comércio de escravos fomentou a economia mundial por 400 anos. E segundo fontes históricas oficiais acredita-se ter sido retirado da África cerca de 12.521.337 de pessoas. Destas no Brasil aproximadamente 4.864.374, o que equivale a 45,41 % de toda a América.
Como é impossível pensar em café sem escravidão, ainda nos dias atuais encontramos memorialistas que se passam por historiadores, que afirmam não ter existido escravidão na cidade de Mococa. Porém fontes históricas comprovam a existência. E outra que a escravidão não era considerada crime até em meados de século XIX. Não sei o porquê de se esconder tal prática? Porém é fato que o tema ainda é uma feriada aberta em muitas famílias “tradicionais” da cidade, que desconversam a respeito do assunto.
Gustavo de Souza Pinto
(Bacharel, licenciado e Pós-graduado
http://lattes.cnpq.br/6467391538040938
Contato: clioprojetosculturais@gmail.com
Para saber mais:
- "Aos meus Romanos", Ina von Binzer, Paz e Terra, 1998
- "Correio Braziliense" ou "Armazém Literário", Hipólito José Costa, Imprensa Oficial, 2001-2003, 31 vols.
- "Casa-Grande e Senzala - Formação da Família Brasileira sob o Regime de Economia Patriarcal", Gilberto Freyre, Record, 2000
- "As Vítimas-Algozes - Quadros da Escravidão", Joaquim Manuel de Macedo, Scipione, 1991
- "O Negro Brasileiro", Arthur Ramos, Graphia, 2001
- "Representação à Assembléia Constituinte do Brasil sobre a Escravatura" in "Projetos para o Brasil", José Bonifácio de Andrada Silva, Publifolha, 2000
- "Considerações Econômicas sobre a Escravatura" in "Revista Niterói", F. S. Torres-Homem, edição fac-similar coordenada pela Academia Paulista de Letras, 1978
- "A Chave dos Profetas", Antonio Vieira, Fundação Biblioteca Nacional, 2000
- "O Trato dos Viventes - Formação do Brasil no Atlântico Sul", Luis Felipe Alencastro, Companhia das Letras, 1997
- "
- "A Vida dos Escravos no Rio de Janeiro", Mary Karasch, Companhia das Letras, 2000
- "Segredos Internos - Engenhos e Escravos na Sociedade Colonial", Stuart B. Schwartz, Companhia das Letras, 1988
- "Escravos, Roceiros e Rebeldes", Stuart B. Schwartz, Edusc, 2001
- "Devotos da Cor", Mariza de Carvalho Soares, Civilização Brasileira, 2001
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