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quarta-feira, 14 de julho de 2010

O CAFÉ, SEUS DESDOBRAMENTOS NA URBANIZAÇÃO E A IMPORTÂNCIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Gustavo de Souza Pinto, o "Joey", como é conhecido, tem um trabalho interessante de pesquisa sobre a economia cafeeira e sua importância para o desenvolvimento cultural e social de cidades da nossa região. Recentemente, trouxe esta sua pesquisa à Câmara de Vereadores, numa palestra vivaz e muito bem estruturada.

Desta vez, o formato foi mais enxuto; a palestra, proferida na noite de 11 de março de 2010, na Casa de Cultura "Rogério Cardoso", foi assistida por cerca de 65 alunos da Escola Franciso Garcia, a "Profissional", na Sala Multimídia — e que eu gosto de nomeá-la "Grande Auditório". Ana Luiza Bastos, Fernanda Correa e Wagner Caron foram os professores responsáveis por acompanhar as classes dos cursos de Turismo Receptivo e Hospedagem.

Joey discorreu sobre a chegada do café ao Brasil, roubado da Guiana Francesa pelos sequazes de Dom João, numa retaliação à surra que tomou das tropas napoleônicas.

Em tom de brincadeira — séria — Joey diz que, quando uma empresa está para cortar gastos, a primeira coisa que faz é tirar o cafezinho dos funcionários. Ironia, pois o café não apenas impulsionou a economia na nossa região como também mantém acordado o funcionário durante a jornada. Como, então, tirá-lo da mesa do brasileiro?

Em cerca de 30 slides, Joey perpassou rapidamente pela história social e arquitetônica de Mococa, desembocando na necessidade da conservação do rico Patrimônio Histórico que ainda se vê no centro da cidade. Devido à visão progressista e visionária de Venerando Ribeiro, prefeito e primeiro urbanista que a cidade teve, o centro de Mococa foi desenhado com este traçado tão característico, de ruas largas, grandes praças e bulevares. Eis o objeto do desejo de Joey: a preservação deste entorno magnífico, em que se encravam os casarões mais significativos da época de ouro do café.

Mas a palestra do Joey ficou devendo. Não que a palestra tenha sido incompleta. O que quero dizer é que ficou faltando tempo para um debate mais amplo, tamanha a importância do tema, que é a conservação do patrimônio histórico e artístico de Mococa, que levará, invariavelmente a outros debates, inclusive o da manutenção da nossas tradições turísticas e culturais mais referenciais. O historiador terá, em breve, nova tarefa, a de voltar ao tema e, com mais espaço, abrir o debate, que não será pequeno.

Nossos cumprimentos, do Página de Ideias, ao jovem historiador, que volta a Mococa e traz consigo aquele ar romântico, sonhador, quase utópico, mas igualmente carregado com boa energia, do querer fazer, do deixar algo concreto, palpável, para as gerações futuras, e que somente os de coração e mente abertos, desprendidos da ganância financeira e material, conseguem realizar. Joey é uma destas pessoas.

Por Luiz Antônio Scarparo Maciel


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2 comentários:

  1. Grande tema e grande Joey ! Eu que costumo visitar mococa com frequencia não posso passar sem deixar meu voto para que as tradições e belezas continuem.

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  2. Já faz mais de vinte anos que não visito Mococa. Minhã mãe nasceu aí e meu tio ainda mora na cidade. Seu blog apertou meu coração de tantas saudades.
    Parabéns pela iniciativa!

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