Mercado de Tabaco,Thierry Fréres. 1835. Esta imagem possui direitos autorais. Faz parte da Biblioteca Nacional Digital.
A planta cientificamente conhecida como Nicotiana Tabacu também popularmente chamada de peti, petum, betum e pituma. Palavras estas derivadas da palavra petigma que significa Fumo
Logo que levado à Europa foi difundido como fama medicinal sendo indicado para tratamento de dor de dente, lombrigas, febres, escorbuto, gota e inclusive com funções afrodisíaca, popularmente conhecida como erva santa.
Presente nos primeiros relatos de viajantes europeus que os nativos indígenas utilizavam o tabaco. Durante o século XVI era cultivado nas hortas das casas de colonos e em poucas décadas se tornara uma moeda de troca no escambo e para a compra de escravos africanos.
Porém foi em meados do século XVII que a produção tomou outras proporções deixando de ser caseira e se espalhando por diversas regiões da colônia, passando assim a uma proporção de longa escala. Tendo como berço desta produção incipiente a região Nordeste, mais especificamente na Bahia, Pernambuco e Maranhão e somente na “Era do Ouro”, espalhou-se pela região sudeste nos estado de Minas Gerais, Rio de Janeiro e em menor escala pelo Estado de São Paulo. Toda a produção era condensada em forma de rolos ou manufaturados em pó, tendo como mercado a Europa, Índia e China.
A história do tabaco tem a marca da escravidão, pois era através do fumo que os europeus adquiriam escravos nas costas da África. Com os rolos de fumo eram pagos os milhares de escravos trazidos para o Brasil.
Na obra de Queiroz escrita no final do século XIX, o referente autor cita que no principio da economia de Mococa eram cultivados a cana-de-açúcar e o fumo. Neste caso o tabaco fora a importante moeda de troca na compra de escravos africanos para utilizarem como mão-de-obra nos canaviais e dentre outros serviços e mais tarde nas lavouras de café.
Hoje em dia acompanhamos as inúmeras campanhas antitabagistas que alertam os males que este produto acarreta a saúde. Enquanto que no principio do século XVI o fumo era divulgado na Europa com base na sua fama medicinal.
Fonte: Queiróz, Humberto de. A Mococa, de sua fundação até 1900. São Paulo: Tyo. Diário oficial, 1913.
Fonte: Lopes, Gustavo Acioli. Correntes de fumaça. PP.65- 69. Revista de história da Biblioteca Nacional. Ano 1, N° 8, 2006.
Gustavo de Souza Pinto
(Bacharel, licenciado e Pós-graduado
http://lattes.cnpq.br/6467391538040938
Contato: clioprojetosculturais@gmail.com
Ola sou Miguel. Tenho um grade prazer de Parabenlizar este serviço , do Blog, comentando a Cidade de Mococa-SP.
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